A conexão dos objetos começou por volta de 1990, com o desenvolvimento da primeira torradeira ligada pela internet: este produto foi desenvolvido por Simon Hackett e John Romkey e foi apresentado na INTEROP 1990. Desde aí começamos a ver carros, casas com domótica, eletrodomésticos, computadores e smartphones ligados à internet. As Smart Cities já começam a ser uma realidade, e cresce assim o número de objetos na internet que já é mais do que pessoas.
Um dia numa Smart City
O meu despertador acordou-me às 06:30, exatamente como eu o programei. Ele está ligado à rede dedicada da minha casa e informou a minha torradeira, que também está ligada pela internet, que deveria começar a funcionar.
No início, a Internet servia maioritariamente a conexão de pessoas, e se hoje já não é bem assim, ainda uso o meu tempo de acordar a "checkar" as redes sociais, que entretanto se encheram de fotos e vídeos.
Enquanto finalmente tomo o pequeno-almoço, aceito a sugestão que o frigorífico faz das compras mensais.
A forma como a Internet integra estes objetos permite promover a experiência de compras personalizadas para mim, consumidor, mas é também uma oportunidade económica que já vem a criar novos mercados e aprimorar serviços, com aproveitamentos também energéticos (e que garantem um ambiente mais sustentável), e eficiência industrial.
Hoje irei ter reuniões fora do local de trabalho então não conseguirei usar os transportes públicos. Saio de casa, sento-me no meu carro e ligo o Smartphone ao WiFi da cidade. Verifico o trânsito no meu trajeto e inicio a viagem. O meu local de trabalho é no centro cidade, uma zona sem carros.
Ao chegar perto do centro da cidade, paro o carro para averiguar na aplicação a disponibilidade de lugares de estacionamento nos parques existentes na cidade, e encontro alguns disponíveis. Coloco o carro em andamento e, chegando perto do parque escolhido, recebo a notificação que ainda estão lugares livres à disposição, recebendo em áudio as direções exatas para estacionar. Parqueio o carro e volto à aplicação para pagar a taxa diária, evitando assim perder o tempo em procedimentos anteriores que eram procurar moedas para o parquímetro.
Do parque ao centro utilizo o transporte de volteio , que funciona a energia solar, sem emissão de gases ou poluição sonora.
A meio do dia recebo uma notificação a informar que estão a existir trabalhos na zona onde moro, por rutura de uma conduta de água, mas que já está detetada o local da fuga e que já estão técnicos no lugar, com a hora prevista de resolução. Pelo sim pelo não, vou ao site do supermercado encomendar água, caso seja necessária, e solicito que ma entreguem em casa às 20h, juntamente com as compras que foram encomendadas de manhã.
Já são 18h, horas que saio do trabalho, e no regresso a casa recebo uma notificação a dizer que os trabalhos na conduta estão finalizados. Já é quase de noite e as luzes da cidade estão a meia luz, no entanto aumentam a intensidade na presença de pessoas ou veículos.
A minha casa está à temperatura ambiente que defini e as persianas cerraram.
Segurança da rede
Segundo um estudo feito pela Juniper, em Julho de 2018, é afirmado que os gastos com a segurança para a Internet das Coisas crescerão 300% até 2023.
Todas estas comunicações de dados, que fluem pela Internet hoje em dia, ainda pecam pela falta de preocupação de segurança das mesmas, abrindo assim a possibilidade de acessos externos. Muitas das ligações de Máquina para Máquina (M2M) efetuadas não têm grande segurança de encriptação de ligação, e muitas delas até são efetuadas em espectros não licenciados.
Essa segurança não será só na rede ou fornecedor do mesmo, também terá de ser no cliente que recebe os dados e no dispositivo que envia os dados.
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